- Quis descobrir de onde vinha essa minha vontade de nada, e consegui. É que estou farto de querer tanto e com tanta vontade e conseguir pouco, bem pouco, ou quase nada.Mas sabe...ainda assim, me dou o prazer de querer muito qualquer coisa, querer até sentir o que se quer no fundo d'alma. Essa vontade é um vinho bom de beber, de se embreagar até cair de sono.Sonhamos, podemos tudo, temos o que queremos... Duro é a ressaca do pós-sonho-bom no dia seguinte. O peito dói tanto que nem dá pra sentir a cabeça doer. E a dor se espalha feito tumor, carcomendo tudo, se espalha feito agouro na alma, até deixar cair doente, de enlouquecer doendo. Mas a vontade é assim, como vício. A última dose não mata.Dá sede.
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4 sutilezas:
A última dose não mata.Dá sede.
...palavras bem ditas
Engraçado, também ando sofrendo de exageros...a vida é tão curta...no outro dia sempre juro que não vou mais fazer aquilo e que agirei feito um comum
...não estomos vivos para sermos comuns ... afinal
é melhor viver um dia como um leão do que a vida toda como uma ovelha...
Estou tendo cuidado para não me tornar auto-destrutivo demais...pois o combustivel do exagero é o corpo e alma... até sobrar um resquicio do que antes foi um ser..
espero que esteje tomando cuidado :)
' é melhor viver um dia como um leão do que a vida toda como uma ovelha... '
Essa é a 'vida de exageros' que estamos vivendo...Desde que me entendo, nunca fui ovelha...sempre fui um leão ( enjaulado, mas mesmo assim um leão :o)
Sobrevivo de intensidade.Quando me falta, invento, atraio, finjo qualquer coisa que traga isso.Mas tenho sorte...A vida é bem generosa comigo nesse aspecto.Beeeem generosa, eu diria :)
*Estou tomando cuidado comigo :o)
Bonito texto.
A dor humana é repugnante!
Qualquer dor.
E vivemos com ela todo o tempo, que o prazer a alegria e o êxtase da alma, estão ausentes.
Dor sempre está ligado a perda, ausência, luto, invariavelmente.
E perda, ausência e luto nos aproxima perigosamente, do sentimento do pecado. Então aumenta nossa dor!
E isto nos causa uma culpa , difusa , incômoda, e aparentemente sem causas.
Na década de 80 lí um livro extraordinário: EROS E CIVILIZAÇÃO, de HERBERT MARCUSE.
Nele aprendí o que é a herança atávica da CULPA,e como é que ela ficou no nosso inconsciente coletivo, desde o inicio da civilização.
Diz MARCUSE, que no clã original, o PAI PRIMORDIAL era dono de tudo, inclusive dos prazeres do sexo (mãe) e da natureza (liberdade), aos filhos cabia o trabalho.
Um dia revoltados com a situação os filhos matam o Pai Primordial e assim, ficam podendo gozar dos prazeres da mãe (sexo) e a liberdade da natureza.
No entanto, sempre que experimentavam destes prazeres, sentiam um inexplicável mal estar que os aniquilava: CULPA!
Então, Herbert Marcuse explica , neste livro este tão teneboroso sentimento, que no fundo é o mal de todos os males.
Desculpe esta divagação, minha área é a o do humor, e tenho até um blog: HUMOR EM TEXTO, e caso queira visitá-lo, não sentirei culpa nemhuma (rs).
Um abração carioca !!!
bom tomar cuidado msm ¬¬'
se não no blog de quem vou postar coisas com o q me identifico?
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